Prefeito de Mogi propõe lockdown regional, mas outros municípios rejeitam

Mogi recebe também a pacientes de outras cidades, mas não tem mais leitos de UTI ou enfermaria nas redes públicas ou privadas. Mogi já conta com mais restrições em relação a outros municípios.

O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, propôs em reunião do Conselho de Prefeitos nesta segunda-feira (29) a adoção do lockdown na região, segundo o Consórcio de Desenvolvimento de Municípios do Alto Tietê (Condemat).

Cunha já havia afirmado que a medida, que envolve suspensão de transporte público, só teria efeito se fosse regional. Segundo o Condemat, os outros municípios rejeitaram a proposta de forma unânime.

Mogi das Cruzes recebe também a pacientes com Covid-19 de outras cidades, mas não tem mais leitos de UTI ou enfermaria nas redes públicas ou privadas há uma semana. A última semana foi a mais crítica de toda a pandemia no município, com 33 mortes.

A cidade já conta com mais restrições em relação a outros municípios. Desde 22 de março, Mogi está na fase crítica, que, além das medidas do Plano São Paulo, inclui ainda restrições de circulação 24 horas por dia e proibição de drive thrus para comércios não essenciais.

De acordo com o Condemat, os outros prefeitos “defendem que esta medida só seria válida se adotada em toda a Região Metropolitana do Estado, levando em consideração os moradores da região que trabalham na Capital e demais municípios da Grande São Paulo e precisam se deslocar diariamente utilizando o sistema de transporte público estadual.”

A assessoria do prefeito afirmou que o lockdown seria necessário porque a cidade está com 100% dos leitos de UTI municipais ocupados há 16 dias, mesmo tendo adiantado as fases mais restritivas do estado. Nos últimos 15 dias foram 56 óbitos, a pior quinzena da pandemia.

Ainda de acordo com a assessoria, na semana entre 1 e 7 de março foram 1.277 novos casos, um aumento de 20,35% em relação à pior semana de todo o ano de 2020.

A Prefeitura de Mogi ainda fez um apelo à população para que siga as medidas restritivas, se possível, e que cumpra as regras sanitárias.